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86% dos Brasileiros preferem serviços pré-pagos

12-nov-2021

O Brasil está entre os maiores usuários de serviços de telefonia pré-pagos em todo o mundo, quando comparados às outras grandes economias em desenvolvimento, de acordo com a segunda edição do Global Pre-Paid Index (GPI) da Ding. A pesquisa apontou que 86% dos brasileiros usaram o serviço pré-pago, atrás apenas da Arábia Saudita (89%), entre os países pesquisados. Isso é maior que os 82% que usam serviços pré-pagos no México, país relevante no mercado latino-americano.

“O Brasil mostra uma preferência massiva por opções de celular pré-pago”, afirma o fundador e presidente-executivo da Ding, Mark Roden. “A flexibilidade oferecida pelos serviços pré-pagos é muito mais atraente para a maioria do mercado brasileiro do que as caras opções de contratos de longo prazo”.
Fatores econômicos

As principais razões que os brasileiros citaram ao optar pelo pré-pago foi que isso os ajudava a fazer um orçamento melhor (37%) e que eles queriam pagar apenas pelo que usavam ou precisavam (35%).

Isso pode estar ligado a uma crise de confiança quando se trata de estabilidade econômica, como apontou a pesquisa. Apenas 28% dos brasileiros se sentem positivos em relação à economia brasileira. Os entrevistados estão também menos otimistas sobre o futuro de sua economia nos próximos 6 meses comparados a outras nações.

“O formato pré-pago permite que as pessoas tenham maior controle sobre suas finanças”, diz Roden. Por outro lado, isso também reflete como as pessoas se organizam em relação à vida financeira, em um momento em que o número de inadimplentes no Brasil aumentou devido à crise econômica.

Segundo o Mapa da Inadimplência, divulgado pela Serasa, mais de 62,25 milhões de brasileiros estavam endividados em agosto, ou seja, esta é a quantidade de pessoas com acesso restrito ao crédito e com contas vencidas. Houve um aumento de 3 milhões de inadimplentes em relação ao mês de julho.

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Uso de redes sociais

O Brasil é uma nação amiga dos aplicativos. De acordo com a pesquisa, há um alto nível de confiança nas plataformas de mídia social no Brasil (80%), com o país ocupando a 4.ª posição em todos os mercados apurados.

Em relação aos aplicativos mais populares, o WhatsApp se destaca como o aplicativo mais usado no Brasil (85%). É seguido por Instagram (76%) e Facebook Messenger (65%).

Celulares no Brasil

Independentemente da situação econômica, os celulares foram citados como a primeira coisa que os brasileiros não podiam passar um dia sem utilizar: a afirmação foi feita por sete em cada dez entrevistados (68%). Isso é maior que falar com a família (54%), navegar nas redes sociais (42%) ou falar com amigos (26%).

O estudo também descobriu que os brasileiros continuam a ser uma das principais nacionalidades no mundo a enviar e receber recarga de amigos e familiares. Seis em cada dez (59%) brasileiros enviaram ou receberam recargas pré-pagas nos últimos seis meses, com 29% enviando e 36% recebendo diariamente ou semanalmente.

“É evidente, a partir de nosso estudo, que enviar e receber recarga é uma tendência importante, pois as pessoas permanecem conectadas. Esperamos que o uso dessas ferramentas continue crescendo à medida que o mundo se movimenta digitalmente, onde precisamos de nossos telefones não apenas para falar uns com os outros, mas para administrar nossas vidas”, analisou Roden.

A pesquisa global, conduzida em setembro, foi encomendada pela Ding, líder mundial em serviço de recarga de celular, e examinou as opiniões de 6.250 entrevistados em oito mercados principais: Brasil, México, Índia, Indonésia, Filipinas, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Alemanha e Nigéria.

Sobre o Ding Global Prepaid Index (GPI)

O Ding Global Prepaid Index (GPI) é uma importante pesquisa que analisa o mercado pré-pago. O segundo GPI destaca as opiniões de mais de 6.250 entrevistados em nove países sobre o uso de ofertas pré-pagas, examinando as atitudes, atividades e perspectivas dos usuários do mercado pré-pago, em particular durante a pandemia Covid-19. Os entrevistados estavam uniformemente distribuídos por gênero e tinham mais de 18 anos. Cerca de 30% da amostra também se identificou como expatriados.